domingo, 11 de junho de 2017
Soneto XVIII
Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes obscurece com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás exausta ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos ardentes te farão viver
- William Shakespeare
Devaneios melancólicos
Queria eu poder te esquecer;
logo eu que jurei nunca mais
cair nessa história de paixão,
deparei-me com os teus brilhantes olhos castanhos.
E agora vivo a exaltar o teu sorriso,
procurando encontrar um modo
de poder me encaixar no teu abraço;
poder tocar a tua pele albina e sentir a tua alma,
mas tudo o que eu posso ter são sonhos
em que você caminha ao meu lado
e faz-me sentir o sabor dos teus lábios.
- Victoria C.
sábado, 3 de junho de 2017
Lunar
O fulgor da lua não se assemelha a ti;
porque és o único que para mim brilha em demasia.E quando penso em viver no meu intenso
e mórbido inverno o teu amor em mim se assenta.
A primavera agora não mais pode ser
considerada a mais bela das estações
se em todas eu conjecturo você.
-Victoria C.
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