sexta-feira, 28 de junho de 2019

Tempo



Quem és tu o grande detentor dos meus dias? 
  
Que me faz reviver momentos como se fossem únicos .
  
Inútil eu deveria saber sobre esse prazer de se viver estagnado.
  
Conjecturando retroceder os ponteiros do relógio;
  
E retornar ao instante em que o tempo foi perdido 
  
Preso em um ponto distante e obsoleto.

  
Mas eu te denominei de nostalgia 
  
E passei a existir em constante melancolia. 
  
Acreditando que tudo o que eu sabia 

Por felicidade estava precedente a mim. 
  
Em ti, idealizei a benevolência 

E júbilo de estar sempre esperando por algo.

  
Até que me deparei com a tua verdadeira face 

E te descobrir sendo o passado.
  
A angústia que me fez paralisar 
  
Agora me leva a encontrar possibilidades de não estar presa 

Em um tempo que eu nunca perdi.
  
Pois, tudo que se desvela no mundo  
  
Acontece no momento presente. 

domingo, 23 de junho de 2019

Aquarela




   Uma tela expõe a sua magnificência 
   Nas cores do seu pintor;
   Os traços serenos de uma pintura
   São como o teu rosto
   Lívido e ameno.

  Como um pincel quero te delinear.
  As curvas do teu corpo tocar
  Esboçar cada parte de ti
  Em um infinito mar colorido 
  E dos teus olhos poder
  contemplar as cores da tua alma.