domingo, 17 de dezembro de 2017
Exígua saudade
O amor faminto não obecede a distância
anseia por quem sacia sua paixão.
Ainda que eu fique longe, os meus
pensamentos serão teu.
E neste mórbido inverno, eu clamo
pelo teu calor.
Célere deveria ser o tempo quando
tu estás longe de mim;
as estrelas nada significam,
quando não tenho os teus olhos
para iluminar-me.
-Victoria C.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Ode para a saudade
Saudades de você;
Saudade da sua voz que sai
em forma de melodia pela tua boca,
voz essa que me abraça como os teus
braços nunca fazem.
Saudade do tempo que passa enquanto
te vejo,
mesmo que de longe mas contudo de nada importa;
pois a paixão também se entende
com os olhos.
Bem que você poderia vim aqui e abraçar-me,
aconchegar-me em teus braços de forma apertada
e eu juro que não iria reclamar
mas se não der... tudo bem, pois para a saudade
até um sorriso basta.
-Victoria C.
domingo, 11 de junho de 2017
Soneto XVIII
Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes obscurece com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás exausta ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos ardentes te farão viver
- William Shakespeare
Devaneios melancólicos
Queria eu poder te esquecer;
logo eu que jurei nunca mais
cair nessa história de paixão,
deparei-me com os teus brilhantes olhos castanhos.
E agora vivo a exaltar o teu sorriso,
procurando encontrar um modo
de poder me encaixar no teu abraço;
poder tocar a tua pele albina e sentir a tua alma,
mas tudo o que eu posso ter são sonhos
em que você caminha ao meu lado
e faz-me sentir o sabor dos teus lábios.
- Victoria C.
sábado, 3 de junho de 2017
Lunar
O fulgor da lua não se assemelha a ti;
porque és o único que para mim brilha em demasia.E quando penso em viver no meu intenso
e mórbido inverno o teu amor em mim se assenta.
A primavera agora não mais pode ser
considerada a mais bela das estações
se em todas eu conjecturo você.
-Victoria C.
sábado, 13 de maio de 2017
Soneto XXIII
Como no palco o ator é imperfeito.
Faz mal o seu papel por temor,
Ou quem, por ter repleto de
ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num
tremor,
Em mim, por timidez, fica
omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo
enfraquecido,
Vergado pela própria
dimensão.
Seja meu livro então minha
eloquência,
Arauto mudo do que diz meu
peito,
Que implora amor e busca
recompensa
Mais que a língua que mais o
tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor
calado:
Ouvir com os olhos é do amor
o fado.
- William Shakespeare
Insigne paixão
O perfume que as flores exalam
não se compara com teu.
Nem o sol, nem a lua e nem as estrelas
brilham mais que os teus olhos castanhos.
Queria eu acariciar o teu corpo,
Desnudar a tua alma
E te fazer só meu;
eu que já sou tua
Enquanto vejo as constelações reluzirem em teus olhos.
- Victoria C.
segunda-feira, 24 de abril de 2017
Réquiem para o meu amor
Nada poderá ser comparado ao teu sorriso;
Tua pele cálida e albina que me traz paz
mesmo sem nunca tê-lo tocado.
Nem o intenso brilho das estrelas
ofuscaria a tua esplêndida existência.
Em meus olhos há apenas você.
E quando penso em casa é em teus braços que imagino estar.
O sol jamais poderá aquecer-me como o teu sorriso
E os teus olhos que pairam sobre mim.
- Victoria C.
Tua pele cálida e albina que me traz paz
mesmo sem nunca tê-lo tocado.
Nem o intenso brilho das estrelas
ofuscaria a tua esplêndida existência.
Em meus olhos há apenas você.
E quando penso em casa é em teus braços que imagino estar.
O sol jamais poderá aquecer-me como o teu sorriso
E os teus olhos que pairam sobre mim.
- Victoria C.
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