quarta-feira, 3 de março de 2021

Quimera

Não parecia errôneo imaginar

Que um dia eu te veria;

Sob a luz solar nos encontraríamos.

Além do corpo

Os nossos ossos estavam solitários.

E separados por infindáveis milhas que jamais

Poderiam se aproximar

Contudo, as almas encontravam-se.

Era um desatino não pensar que um 

Dia tu me alcançarias

E quando os ossos estivessem juntos;

As almas fascinadas se tornariam únicas

E nada restaria para nos apartar.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Neologismo

Tu trazes o raio de sol quando os dias são escuros.
Quando tu não estás aqui ao meu lado
As estrelas perdem o brilho
Os dias tornam-se escuros
As mais belas das pinturas parecem sem cor.


Nunca irei conseguir explicar sobre o universo
E como tamanha grandiosidade se compara;
Aos brilhos dos teus olhos

Ou ao teu sorriso
O som que ecoa quando tu dizes pelas palavra;
E a tua face gentil
Incapaz de descrever sobre os meus sentimentos por ti
Deverei eu criar palavras?

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Mil universos

Em um universo inexprimível
Só nos restam cores
A luz solar, a aurora, o luar
E as estrelas que ainda brilham
Apenas por existir
Uma criatura tão bela como tu.

Contudo, não é o alvor da tua face
Que reflete o que em ti, é mais belo
Mas sim a tua alma
A benevolência que tu exprimes
Não se iguala a qualquer outro ser
Pois, tu és mil universos apenas em um.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Ouse ficar

Em meio a noites inquietas busco você.
Nas manhãs vagas da primavera
Quando as flores ainda não
intentaram desabrochar, penso em você.

Nas tardes em que o fulgor do sol
chega à enseada de modo fugaz
Anseio em te encontrar.

Em todos os momentos
tudo o que é meu clama por ti
e de um modo  abstrato tento te alcançar.

No entanto, dedico o meu tempo a te memorizar
nestas linhas que jamais se perderão
até o dia em que você ousar ficar.

sábado, 31 de agosto de 2019

Metamorfose


Sou como o vento que paira no ar.
Sereno e ameno
Intenso e célere
Vou sempre onde quero ir
A procura de lugar para pertencer
Mas tudo parece se assemelhar.

E mais uma vez nesta tentativa
Incansável de me encontrar
Busco algo em que eu possa me reconhecer
Seria eu alguém que vive em constante metamorfose?
Transmudando e incomparável.

Tão exímio e fugaz
Quanto a imagem que se apresenta
Diante de mim no espelho.
Vivendo em um constante devir
E não sabendo a que lugar ir, perduro.
Mas o que sou nunca permanece
Vivendo em permanente transformação
Desse modo posso ser.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Tempo



Quem és tu o grande detentor dos meus dias? 
  
Que me faz reviver momentos como se fossem únicos .
  
Inútil eu deveria saber sobre esse prazer de se viver estagnado.
  
Conjecturando retroceder os ponteiros do relógio;
  
E retornar ao instante em que o tempo foi perdido 
  
Preso em um ponto distante e obsoleto.

  
Mas eu te denominei de nostalgia 
  
E passei a existir em constante melancolia. 
  
Acreditando que tudo o que eu sabia 

Por felicidade estava precedente a mim. 
  
Em ti, idealizei a benevolência 

E júbilo de estar sempre esperando por algo.

  
Até que me deparei com a tua verdadeira face 

E te descobrir sendo o passado.
  
A angústia que me fez paralisar 
  
Agora me leva a encontrar possibilidades de não estar presa 

Em um tempo que eu nunca perdi.
  
Pois, tudo que se desvela no mundo  
  
Acontece no momento presente. 

domingo, 23 de junho de 2019

Aquarela




   Uma tela expõe a sua magnificência 
   Nas cores do seu pintor;
   Os traços serenos de uma pintura
   São como o teu rosto
   Lívido e ameno.

  Como um pincel quero te delinear.
  As curvas do teu corpo tocar
  Esboçar cada parte de ti
  Em um infinito mar colorido 
  E dos teus olhos poder
  contemplar as cores da tua alma.